sábado, 27 de setembro de 2008

Jornada 4 » Benfica 2-0 Sporting

Peito feito, peito desfeito

JOSÉ MANUEL RIBEIRO

Se houve ou não peito feito do Sporting no jogo de ontem, como Quique Flores pensou ter percebido no discurso de Paulo Bento, talvez só a análise a um ou outro jogador possa dizer ao certo, mas houve um peito desfeito: o do candidato que perdeu na Luz setenta por cento do ar que trazia dentro. E é justo concluir também que não se limitou a perder, também ganhou: um adversário para o título com que nem ele nem talvez ninguém, excepto alguns benfiquistas, estivesse realmente a contar.

Sete jogadores do onze inicial do Benfica chegaram esta época. Dois jogadores do Sporting, sendo um deles Rochemback - que é tão novidade para o Sporting como João Moutinho - não estavam na equipa do ano passado. Desta diferença fundamental, juntando-lhe treinador novo e uma dupla de centrais com 19 anos, partia o dérbi. Isso toda a gente sabia; o que não se podia esperar é que fosse ela, a diferença, a partir o dérbi. Pela espinha.

Preferindo Postiga a Derlei, talvez por poder esperar mais velocidade do primeiro, Paulo Bento apontou, literalmente, ao espaço entre Sidnei e Miguel Vítor. Aos trinta segundos, Miguel Veloso já estava a arremessar Djaló, como um torpedo, entre os dois miúdos. O golo esteve a um metro e meio de distância, uma aproximação que, durante quase toda a primeira parte, se foi encurtando e alargando, em desafio às capacidades ainda verdinhas dos dois centrais.

Batia tudo certo com o esperado: as fraquezas do Benfica, a maturidade do Sporting, capaz de fazer cálculos e montar estratégias, e o que os novos recrutas de Quique iam, apesar de tudo, fazendo de bom estragado pelo nervosismo de quem não tem quatro pontos e três de memórias comuns a fortalecer a confiança.

Até Nuno Gomes (19'), o jogador em campo com mais dérbis, conseguiu tocar numa bola de golo feito e atirá-la para uma direcção que a física deve considerar impossível. Mas até ele, nesta equipa, é outra vez um rapazinho, que Quique tem de cuidar, colocando, por exemplo, todo o banco em aquecimento, para esconder que prepara a entrada de Aimar, a todo o instante.

Dentro deste quadro de inquietação por um lado e calculismo pelo outro, a primeira parte acelerou à entrada, baixou um pouco o ritmo depois de uns dez minutos muito animados e foi caindo, embora nunca abaixo de um nível agradável. Um penálti, nos descontos da primeira parte, teria feito a diferença, se o puxão de Postiga a Yebda não tivesse escapado a Duarte Gomes.

E então, o caso. Ou melhor, a rolha. Quique Flores trouxe uma rolha do intervalo para aquele espaço exacto, entre Miguel Vítor e Sidnei, que Paulo Bento pusera no centro do plano. Uma rolha grega, Katsouranis, que acabou por pesar como chumbo. O Sporting descompôs-se, como se não estivesse preparado para fazer mais nada. É engraçado que, quando o Benfica marcou o seu golo - já bem dentro do período de controlo do jogo -, Derlei estivesse justamente ao lado do quarto árbitro para entrar. Já desorientada por ter perdido aquela lebre que o treinador lhe dera a cheirar com tanta insistência, a equipa do Sporting não conseguiu ganhar nada com Derlei, nem com os seguintes Liedson e Pereirinha. Um aperto final servirá só para alegrar as crónicas. Nessa altura o Benfica ganhava não um, mas dois a zero, da pior maneira: no jogo dos centrais de dezanove anos, o resultado calcificou num lance em que a dupla mais rodada do campeonato - Polga e Tonel - ficou enterrada na relva a ver o quase adolescente Sidnei cabecear. Um soco nos queixos dói sempre mais quando é de baixo para cima e ontem era o caso. Talvez não volte a ser.

Benfica 2-0 Sporting

Estádio da Luz

relvado excelente

60.022 espectadores

Árbitro Duarte Gomes

Assistentes Bertino Miranda e José Lima

4º árbitro Jorge Sousa

Treinador Quique Flores

12 Quim GR 6

14 Maxi Pereira LD 6

28 Miguel Vítor DC 7

27 Sidnei DC 7

25 Jorge Ribeiro LE 5

15 Rúben Amorim MO a int 5

24 Carlos Martins MO 6

26 Yebda MD 7

6 Reyes MO a 75' 8

21 Nuno Gomes AV a 59' 6

7 Cardozo AV 6

-

1 Moreira GR

8 Katsouranis MD d int 7

5 Léo LE

18 Binya MD

20 Di María AE d 75' 4

10 Aimar AV d 59' 6

19 Makukula AV

Golos

[1-0] 67' Reyes[2-0] 72' Sidnei

amarelos nada a assinalar

vermelhos nada a assinalar

Treinador Paulo Bento

1 Rui Patrício GR 5

78 Abel LD a 73' 4

13 Tonel DC 5

4 Polga DC 4

18 Grimi LE 5

24 Miguel Veloso MD 6

26 Rochemback MO 3

28 João Moutinho MO 4

30 Romagnoli MO a 73' 5

20 Djaló AV 4

23 Postiga AV a 68' 5

-

16 Tiago GR

5 Pedro Silva LD

3 Carriço DC

6 Adrien MD

25 Pereirinha MO d 73' 4

11 Derlei AV d 68' 4

31 Liedson AV d 73' 4

amarelos 74' Pereirinha; 87' Grimi; 90' Moutinho

vermelhos nada a assinalar

Lances-chave

Benfica

2' Cardozo responde ao impulso inicial do Sporting com um pontapé de meia-distância para experimentar Rui Patrício.

3' Volta Cardozo, agora com uma grande abertura para Rúben Amorim, que fica com a direita só para ele. Sporting em sarilhos.

13' Cardozo, para outro pontapé. Ao lado.

16' Reyes entusiasma-se e entra em dribles na área do Sporting. Até sair pela linha de fundo.

19' Perfuração de Maxi Pereira, imparável pela direita. Segue-se um cruzamento rasteiro e tenso, a que Nuno Gomes chega, para desviar, desafiando a física, para fora.

24' Sidnei tira, dos pés de Postiga, mais uma insistência pelo meio.

35' Reyes, de recarga, na sobra de um pontapé de canto.

45' Reyes e uma intercepção falhada de Tonel deixam Cardozo sozinho. Veloso corta o cruzamento seguinte, apontado a Nuno Gomes.

45+2' Penálti. Postiga puxa o braço de Yebda na área do Sporting. Duarte Gomes não vê.

51' Dois lances: primeiro Cardozo, na área, controlando a bola e rodando para o remate à meia-volta, que Patrício defende; depois Carlos Martins, de bazuca. Para fora.

72' [2-0] Carlos Martins encarrega-se do livre na direita, Polga e Tonel desencarregam-se de Cardozo, e Sidnei, no poste esquerdo. O brasileiro salta, cabeceia e sai a festejar como louco.

Sporting

1' O Sporting diz ao que vem: Miguel Veloso, com um passe longo, deflagra Djaló entre os centrais do Benfica, facilmente ultrapassados. E Djaló aponta às nuvens quando tinha apenas Quim pela frente.

5' Romagnoli no arremesso de Djaló, outra vez entre os centrais. Não chega à bola.

15' Canto, por Miguel Veloso, na direita. Postiga, incomodado ao segundo poste, cabeceia, em desequilíbrio, para fora, rente ao poste.

21' Quim defende, para canto, um bom remate de Postiga, que fez levantar os adeptos leoninos nas bancadas.

43' Remate forte de Rochemback, na esquina da área, pela esquerda, depois de um passe de calcanhar de Postiga. A bola, perigosa, é desviada para canto.

24' Sidnei tira, dos pés de Postiga, mais uma insistência pelo meio. Na hora certa.

47' João Moutinho, remata em força, de fora da área. Quim defende, mas deixando à bola à mercê de quem chegar primeiro. Um colega, no caso.

50' Desvio alto de Veloso, na área do Benfica.

57' Passe exemplar de Rochemback soltando Moutinho nas costas de Jorge Ribeiro. A jogada perde-se adiante.

82' Bomba de Veloso. Mais força do que perigo.

90+2' Djaló invade a área, em fúria, pela direita. O pontapé violento encontra Quim no caminho que segura o nulo na sua baliza.

O Benfica um a um

Sidnei não tem só pinta de Ricardo Gomes...

SÉRGIO ANDRÉ

Quim 6

Tranquilidade absoluta, excepção feita a um remate de João Moutinho (47'), em que deixou a bola fugir para a frente. As luvas não pesaram e a defesa agradeceu. Desfez todos os lances na sua área de jurisdição, demonstrando que os recentes lapsos já pertencem ao passado. Aos 21', sacudiu bem um remate de Hélder Postiga, aos 49', um de Moutinho, e na parte final do desafio superiorizou-se a Miguel Veloso e Djaló

Maxi Pereira 6

Contou com a preciosa ajuda de Rúben Amorim durante a primeira parte, e isso permitiu-lhe espreitar o ataque em duas ou três ocasiões, com destaque para um lance aos 19' em que deixou Nuno Gomes na cara do golo, mas o avançado não aproveitou. Muito raçudo, meteu sempre o pé, até doer (com lealdade), sempre para ganhar.

Miguel Vítor 7

Quique não gosta de "fazer peito", mas nesta altura tem de dar alguma margem ao jovem central, pois este tem razões mais do que justificadas para andar vaidoso pela portentosa exibição de ontem. Depois de um início complicado com as entradas de rompante de Postiga e Djaló (sempre no limite do fora-de-jogo), foi ganhando confiança, terminando o jogo em grande nível. Ajudou o treinador a subir mais uns pontos no ranking. Afinal, Quique tinha razão na aposta que fez.

Sidnei 7

Diz-se que tem pinta de Ricardo Gomes, mas, decididamente, não é só a pinta... Tal como o colega de sector, sentiu problemas no início perante a velocidade dos homens mais avançados do Sporting, mas rapidamente encontrou a solução para os travar, num misto de garra e classe (sem recurso a muitas faltas), como foi bem visível aos 24' e 29', roubando o ouro a Postiga. Segurou a equipa na primeira parte e deu-lhe tranquilidade com o golpe letal de cabeça.

Jorge Ribeiro 5

O elemento mais tímido da equipa. Ficou quase sempre a meio do caminho... Esteve quase lá, mas... faltou mais qualquer coisa. Tremeu um pouco e não se aventurou nada nos lances ofensivos, mas também a sua prioridade era defender...

Yebda 7

O camisola 26 foi de uma eficácia tremenda, dos poucos que conseguiram anular as investidas do adversário a meio-campo durante a primeira parte. Ganhou claramente o duelo com os médios adversários e ainda serviu bem os companheiros no ataque. Muito forte fisicamente, permitiu alguma liberdade a Carlos Martins.

Carlos Martins 6

Protegeu-se em demasia durante toda a primeira parte, recuando muito no terreno para não ser surpreendido pela rapidez do meio-campo contrário na transposição do jogo para o ataque. Foi mais combativo e lutador do que organizador. Na segunda metade, mudou completamente. Aliás, derivou para o lado direito tornando-se muito mais perigoso frente aos antigos colegas.

Rúben Amorim 5

Muito bem tacticamente. Interpretou na perfeição os princípios básicos do futebol, passando quase sempre bem a bola e compensando com inteligência as subidas dos colegas no terreno. Saiu ao intervalo.

Nuno Gomes 6

Tarefa ingrata, muito difícil. Quase não esteve em jogo durante a primeira parte, mas subiu muito na segunda, tendo criado alguns problemas a Polga e Tonel. Aliás, estava a viver o melhor momento quando foi substituído. Falhou um golo à boca da baliza e poderia estar agora a gozar o estatuto de melhor marcador da equipa nesta altura.

Cardozo 6

É verdade que falhou alguns passes e, em determinados momentos, até pereceu displicente. No entanto, batalhou do primeiro ao último minuto e não virou a cara à luta, suando a camisola.

Katsouranis 7

A sua entrada mudou o jogo. Perdeu o lugar de central, mas poderá ter readquirido a sua posição no meio-campo. O jogo mudou, porque deu outra consistência ao sector intermediário e fechou a zona onde os centrais benfiquistas sentiram mais dificuldades na primeira metade do desafio. O Benfica começou a ganhar aí o jogo.

Aimar 6

Entrou com ganas, tabelou com Reyes para o primeiro golo e mordeu a língua para roubar bolas ao adversário na parte final do desafio.

Di María 4

Escondeu bem a bola.

O Sporting um a um

Só Veloso conseguiu brilhar na Luz

ANTÓNIO BERNARDINO

Rui Patrício 5

Uma primeira parte tranquila, onde raramente foi chamado a intervir, limitando-se a seguir o jogo com atenção. No período complementar teve mais trabalho, mostrando as suas qualidades perante uma bomba de Jorge Ribeiro (47') e um livre de Carlos Martins (70'). Não tem qualquer responsabilidade nos golos de Reyes e Sidnei.

Abel 4

Sentiu algumas dificuldades perante Reyes. O virtuosismo do internacional espanhol deu-lhe muito trabalho e o golo do camisola seis acaba por surgir na sua zona de acção.

Tonel 5

Quase a terminar a primeira parte, teve uma acção menos conseguida sobre Cardozo, falhou o tempo de intercepção, deixando o paraguaio fugir pelo lado direito da área. Um lance que ilustra uma exibição menos conseguida, que melhorou no segundo tempo, mas ainda assim longe daquilo que costuma apresentar.

Polga 4

Foi batido por Sidnei no segundo golo, num lance onde o defesa encarnado nem sequer foi obrigado a saltar. Um erro grave do defesa leonino, na sequência de um pontapé de canto, que acabou por sentenciar a partida. Curiosamente, até então, estava a exibir-se num plano positivo.

Grimi 5

Um início de jogo algo nervoso. Contudo, recompôs-se rapidamente, acabando por ter uma boa actuação. Sóbrio a defender, procurou apoiar o ataque, como aconteceu aos 21', altura em que serviu Postiga, após bom lance individual pelo flanco. Surgiu algumas vezes na zona central do terreno, anulando iniciativas encarnadas. Aos 63', tentou surpreender Quim com um cruzamento "venenoso".

Miguel Veloso 6

O melhor jogador do Sporting no dérbi de ontem. Inteligente a pautar o ritmo do jogo, forte na interpretação das movimentações adversárias, ganhando muitos duelos no meio-campo. A sua visão de jogo e qualidade de passe foram um ponto de referência desde os primeiros instantes, sobressaindo um passe soberbo (2'), que isolou Djaló. Destaque ainda para uma intervenção providencial dentro da área (45'), evitando que um passe de Cardozo encontrasse o pé esquerdo de Nuno Gomes.

Rochemback 3

É um jogador determinante na engrenagem leonina, pelo que, quando actua abaixo das suas capacidades, a equipa ressente-se. O Sporting necessitava de um Rocha autoritário e dinâmico, predicados que lhe vimos a espaços. Demasiado estático, pouco interventivo, acabou por ser uma unidade em sub-rendimento. No lance do golo de Reyes estava perto do espanhol, mas foi demasiado lento a reagir.

João Moutinho 4

Ontem mais adiantado no terreno, o capitão leonino esteve longe de deslumbrar. Não teve muitas oportunidades para armar o jogo, foi menos combativo que o habitual e raramente soube fazer a diferença. A excepção aconteceu aos 49', num movimento da esquerda para o centro, culminado com um remate que Quim defendeu com destreza.

Romagnoli 5

Procurou criar espaços de ruptura no zona defensiva do Benfica, foi dos poucos a tentá-lo, mas nem sempre foi eficaz. Logo no período inicial tem dois lances (4' e 5') em que gerou de-sequilíbrios, mas sem efeitos práticos para o ataque da formação visitante. Foi perdendo clarividência com o passar do tempo, acabando por ser substituído aos 72'.

Yannick Djaló 4

Começou o jogo em alta-voltagem, surgindo na cara de Quim logo aos 2', mas desperdiçou a oportunidade. A sua velocidade criou calafrios a Miguel Vítor e Sidnei na fase inicial, mas as suas acções foram perdendo expressão com o passar dos minutos. Só voltou a dar um ar da sua graça no último minuto, com um remate que Quim defendeu com dificuldades.

Postiga 5

Aposta de Paulo Bento para o onze, fez uma primeira parte de bom nível, lutando muito na frente de ataque verde e branca, o que valeu alguns livres ao Sporting. Aos 15', surgiu bem posicionado ao segundo poste, após canto de Veloso, mas o cabeceamento saiu ao lado da baliza encarnada, evidenciando-se depois, aos 21', com um remate de fora da área, após boa recepção, a que Quim correspondeu com excelente intervenção. No segundo tempo, esteve menos activo e acabou por ser rendido por Derlei.

Derlei 4

Procurou dar mais dinâmica à frente de ataque.

Pereirinha 4

Colocado no lado direito da defesa, no lugar de Abel, tentou imprimir maior velocidade ao flanco, mas não sobraram ocasiões para ameaçar as águias.

Liedson 4

Saúda-se o seu regresso à competição, cinco meses depois do último jogo, tentando assustar os velhos rivais. Faltou-lhe tempo e... serviço de qualidade.

A ESTRELA

Reyes 8

Agora, até têm um trivelas... e explode!

Quique lançou-lhe o desafio, dizendo que ou explode ou estagna, e o jogador espanhol parece decidido a vencer a batalha para, de uma vez por todas, demonstrar todo o seu valor. Não fez um jogo constante, andou pela esquerda e pela direita, movimentou-se bem, tentou defender e, aos 67', viveu o seu grande momento, num remate de trivela, depois de uma tabelinha com Aimar, que só parou no fundo das redes de Patrício. Um lance genial que praticamente decidiu o jogo. Afinal, não é isso que Quique lhe pede?

O Tribunal de O JOGO

Penálti não assinalado mancha dérbi

Embora tenha tido apenas um lance alvo de maior polémica em toda a partida, o desempenho da equipa de arbitragem liderada por Duarte Gomes acabou por acumular vários erros, embora nem todos fossem decisivos. Na opinião do Tribunal d'O JOGO, havia, de facto, lugar à marcação do castigo máximo, punindo falta de Hélder Postiga sobre Yebda, aos 45'+2'. Nos restantes lances, apenas o fora-de-jogo mal assinalado ao avançado do Sporting, Derlei, aos 82', merece a unanimidade do painel de ex-árbitros.

Momento mais complicado
45'+2'
Yebda reclama falta de Postiga dentro da área de rigor. Havia motivo para assinalar penálti?

Jorge Coroado

-

Hélder Postiga, com ambas as mãos, puxa o braço direito de Yebda, cometendo falta passível de grande penalidade, e o árbitro, no terreno, pela forma como o jogador do Benfica se movimentou, terá dado a ideia de que era este a apoiar-se no jogador do Sporting.

Rosa Santos

-

Yebda jogou a bola com a mão, mas o que é certo é que foi Hélder Postiga que o puxou pelo braço de forma ostensiva, e por isso deveria ter sido assinalada uma grande penalidade contra o Sporting, e a Hélder Postiga sido exibido o cartão amarelo.

Soares Dias

-

No momento em que o lance ocorre, fiquei com a sensação de que não havia falta, mas, nas imagens televisivas, é possível observar que há falta para grande penalidade. Hélder Postiga agarra Yebda. Talvez o árbitro não estivesse na melhor posição para ver o lance. Mas é uma má decisão.

António Rola

-

Hélder Postiga, de uma forma intencional, puxou o braço de Yebda, impedindo este de jogar a bola. Sendo a falta cometida dentro da grande área, era grande penalidade. Ficou, assim, por sancionar um castigo máximo contra o Sporting.

Outros casos

31'

Um centro de Nuno Gomes a bola bate no braço de Polga. Bola na mão ou mão na bola?

32'

Reyes sofre uma entrada dura de Rochemback. Ficou o cartão amarelo por mostrar?

70'

Numa entrada mais ríspida, João Moutinho faz falta sobre Reyes. Deveria o árbitro ter mostrado cartão amarelo?

82'

Foi correcta a decisão do juiz assistente ao assinalar um fora-de-jogo a Derlei?

Jorge Coroado

-

Polga movimentou o braço esquerdo deliberadamente para alterar a trajectória da bola. Justificava-se o pontapé livre directo e o cartão amarelo, o que não sucedeu.

-

O comportamento de Rochemback sobre Reyes indicava que o árbitro deveria mostrar o cartão amarelo. Tal não sucedeu.

-

João Moutinho foi excessivo na combatividade que colocou no lance e devia ter visto o cartão amarelo. Um jogador que, embora seja correcto, é recorrente neste tipo de lances esta época.

-

Intervenção desajustada do árbitro-assistente, embora se compreenda que a movimentação dos jogadores tenha conduzido ao erro.

Rosa Santos

-

É uma mão claríssima. A bola bate no braço do Polga, e o árbitro deveria ter assinalado falta contra o Sporting. Decisão errada por parte de Duarte Gomes.

+

É uma entrada por trás do Rochemback sobre o Reyes, mas não é merecedora de cartão amarelo. É um lance ríspido, mas dentro das leis de jogo.

-

Era uma falta merecedora de cartão amarelo. João Moutinho não foi admoestado nesse lance, mas acabou por sê-lo mais tarde.

-

Pode-se ver que o Derlei está, no máximo, em linha com o penúltimo defesa do Benfica. Em caso de dúvida, o benefício é de quem ataca.

Soares Dias

+

A bola vai à mão. É o lance característico de bola na mão, e não o inverso e, como tal, não há lugar à marcação de falta. Para além disso, o centro é efectuado a uma curta distância e com alguma força.

+

Rochemback, de facto, faz falta sobre Reyes. Mas, no meu entendimento, não é motivo para que o árbitro tivesse agido disciplinarmente.

+

É uma falta normalíssima. Não havia quaisquer motivos para que o árbitro agisse disciplinarmente sobre João Moutinho.

-

Pelas imagens televisivas, é um fora-de-jogo mal assinalado. Mas é um lance muito rápido, e, assim sendo, dou o benefício da dúvida ao assistente.

António Rola

-

Polga faz um gesto com o braço esquerdo e impede que a bola seja cruzada. Ficou por marcar um livre directo e a exibição do cartão amarelo a Polga. Um lance que estava na área de jurisdição do árbitro assistente.

+

Dado que até essa altura do jogo, o árbitro adoptou um critério largo no aspecto disciplinar, e porque o jogador do Sporting teve intenção de jogar a bola, aceito a decisão.

+

Aqui ainda o árbitro estava com o seu critério bastante alargado no aspecto disciplinar e, porque a falta de João Moutinho não colocou em perigo a integridade física do adversário, aceito que tenha ficado somente pela sanção técnica.

-

No momento do passe, Derlei estava em posição regular. Se o árbitro-assistente deu a indicação de fora-de-jogo neste lance, teve uma má interpretação nas leis do fora-de-jogo.

Golos da Partida

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